Após a semana LER para SER, em que os jovens circularam pelo Ponto de Leitura da Casa de Cultura, e pela Biblioteca São Paulo e leram livros de vários autores, chegou a hora de produzir os nossos próprios textos. A proposta consistiu em promover um resgate na memória de como aprendemos a ler, refletindo esses momentos como importantes para a nossa formação, não se esquecendo de todas as pessoas que contribuíram com o nosso B-a-Bá!
De Foi assim que eu aprendi a LER |
“Foi assim que eu aprendi a Ler”! Essa foi a frase que motivou os jovens a escrita, além do nosso bate papo e alguns fragmentos do texto: “Foram muitos, os professores” de Bartolomeu Campos Queiroz.
“(...)Encher o caderno com fileiras e fileiras de a,e,i,o,u foi o primeiro exercício. Vaidosa, ela me apresentava os sinais para escrever e ler o mundo. Ganhar o seu visto feito com lápis azul ou vermelho riscava com alegria toda a minha vida (...)” - Foram muitos os professores - Bartolomeu de Campos Queiroz
Alguns jovens disseram que não se lembravam como aprenderam a ler, mas aos poucos os rabiscos no papel foram formando letras e mais letras, até a criação dos textos.
De Foi assim que eu aprendi a LER |
“Em minha casa ninguém atribuía importância as minhas leituras. Eu aproveitava pedaços de jornais que vinham embrulhando coisas e lia em voz alta, procurando atenções e reconhecimentos (...)”. Foram muitos os professores - Bartolomeu de Campos Queiroz
No final da atividade discutimos como publicar esses textos. Várias propostas surgiram inclusive, a de fazer um livro customizado pelo grupo, ou diagramado e impresso em gráfica. O livro está próximo de ficar pronto. Teremos 6 escritores, 3 jovens da manhã e 3 jovens da tarde, que irão trabalhar na digitação dos textos, layout e diagramação do livro. Agora vamos produzir e em breve lançaremos aqui em primeira mão.
Abaixo um dos textos dos jovens produzido em atividade, os demais textos estarão disponíveis em breve no Livro das Histórias Urbanas!
Por Geisa Santana
Não me lembro ao certo onde foi que aprendi a ler, mas me lembro que minha trajetória, foi difícil. Entrei no pré com 5 anos, lá fiquei até os 6 anos. No mês seguinte, no meu aniversário, minha mãe deu a luz a minha irmã, eu lembro que um mês antes dela nascer eu estava muito ansiosa para sua chegada, não falava de outra coisa, mas tudo mudou no dia 12 de maio, agora não era apenas eu de filha na casa, eu tinha que dividir a atenção que antes era só minha, meus pais já não tinham mais muito tempo pra mim, não consegui mais prestar atenção em nada.
Por Geisa Santana
Não me lembro ao certo onde foi que aprendi a ler, mas me lembro que minha trajetória, foi difícil. Entrei no pré com 5 anos, lá fiquei até os 6 anos. No mês seguinte, no meu aniversário, minha mãe deu a luz a minha irmã, eu lembro que um mês antes dela nascer eu estava muito ansiosa para sua chegada, não falava de outra coisa, mas tudo mudou no dia 12 de maio, agora não era apenas eu de filha na casa, eu tinha que dividir a atenção que antes era só minha, meus pais já não tinham mais muito tempo pra mim, não consegui mais prestar atenção em nada.
De Foi assim que eu aprendi a LER |
Passou o fim de ano e lá vinha um novo ano à começar, eu entrando na 1ª série, tudo novo, colégio novo, professores novos, uma mistura de ansiedade e de medo. A sala era escura com um tom de azul escuro, a professora logo saiu de licença e nunca mais voltou, logo entrou outra, dessa jamais me esqueci, seu nome era Meire Selma, jamais me esqueci de sua voz doce, seus cabelos escuros e cumpridos, tinha uma paciência enorme, gostava de ensinar, eu me sentia muito sozinha, e ela me dava à atenção que eu precisava.
De Foi assim que eu aprendi a LER |
Não sei se foi com ela que aprendi a ler, mas ao chegar na 2ª série eu já sabia ler desde então, sei ler e escrever, não tão bem, mas pelo menos o que todos devem saber.
“Foi assim que aprendi a Ler”.
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