segunda-feira, 13 de junho de 2011

Quais políticas públicas nós queremos? No Pôr do Sol

Falar de Política é complicado, geralmente resumisse a palavra política com a política partidária. E para os jovens, o que significa essa palavra, essa expressão? Sem aprofundarmos na discussão, logo após apresentarmos os objetivos do dia, lançamos a questão. O que é política? Os jovens responderam livremente em filipetas, e logo depois amassaram os papeis e de uma forma descontraída, lançaram as bolinhas uns nos outros, socializando as opiniões.

“Política é um assunto mais confuso que eu já vi. Não entendo e nunca entendi praticamente nada, mas eu sei que sempre vem uma polêmica quando se fala em política”.

“A política, é um tema que envolve leis, governo democracia... O sistema”.

“Política é quando as pessoas se reúnem para discutir ou debater algo que defende”.

“A tentativa de mudar o mundo”.

“Nada mais do que pessoas que servem para administrar nosso dinheiro e interesses da população”.

Assim aconteceu a socialização... A cada filipeta lida, uma discussão. Alguns jovens demonstraram repúdio à política. E como mudar a visão? Começamos apresentando exemplos do nosso dia a dia. Também somos políticos quando precisamos chegar num acordo com as nossas mães para podemos sair para a balada. Precisamos estabelecer combinados para melhor convivência desde a nossa casa ao ambiente de trabalho. Existem formas de fazer política. E a política que queremos chegar, é a participativa.
Quantos do PJU sabem em quem votou na eleição passada? Será que este político está cumprindo com suas metas? A maioria dos jovens não sabia nem em quem havia votado. A política partidária existe para que as leis sejam estabelecidas, e tenhamos melhores condições de vida, e nós somos responsáveis por isso, independentes de partido político.
Existem ONGs, grêmios estudantis, Associações, conselhos, diversas formas de participação da população nas decisões políticas e o PJU também faz parte.
Explicamos o “papel” da subprefeitura da cidade de São Paulo e as esferas do poder do nosso Brasil. E para que os jovens pudessem compreender melhor, pedimos que eles levantassem as problemáticas da nossa comunidade.
Discutimos sobre os problemas da casa de cultura Palhaço Carequinha, habitação e meio ambiente que se conflitam. Os jovens se dividiram em subgrupos, e agendaram uma conversa com o novo supervisor de cultura da Capela do socorro, o Mestre Tico, para falar um pouco sobre os problemas da Casa de Cultura e quais eram seus planos para atuar na questão. Algumas questões giraram em torno e da questão estrutural e de organização da casa que segundo Mestre Tico “já estão pautados para serem resolvidos o mais depressa possível”. A conversa com os jovens suscitou também propostas de atuação em relação à “sextas feiras do Centro Cultural” na qual centenas dos jovens do bairro faltam na escola para ficarem na praça central curtindo Axé, Funk e outros ritmos e agitos.

Jovens Urbanos: A população do Grajaú é de 433,614 habitantes, e boa parte dessa população são jovens que buscam na casa de cultura um espaço de lazer e cultura. Percebemos que existe um número maior de jovens no período noturno no calçadão, porém percebemos também que neste período falta iluminação, devidos algumas luminárias estarem quebradas. O senhor tem conhecimento deste fato? Existe uma previsão para melhoria?


De Conversa com Mestre Tico na Casa de Cultura

Mestre Tico: As pessoas se sentem melhor aqui do que na escola, pois é um lugar livre. Pedimos dois postes grandes para ajudar na iluminação...

Seguindo o tema de “políticas públicas” uma das pautas desse encontro foi a discussão e criação de algumas propostas para serem levadas em formato de carta e ser entregue aos vereadores da Câmara Municipal de São Paulo em uma visita monitorada marcada para o dia seguinte. Enquanto um dos grupos foi para a Subprefeitura conversar com o assessor de comunicação do subprefeito Carlos Nascimento.

Jovens Urbanos: Na região do Grajaú onde há mais de 433 mil habitantes, houve um processo de desapropriação de famílias das áreas de mananciais. Sabemos que a questão ambiental é importante, mas consideramos a moradia como um direito de todos. Sabemos também que essas famílias moravam nestas localidades por falta de opção, e foram desapropriadas com um valor de 8 mil reais. Esse valor é suficiente para a compra de outra casa. Será que estamos tirando estas famílias de um problema e colocando elas em outro pior?
Carlos nascimento: Existia até 2003, tinha-se uma verba...que foi aumentada para 8 mil reais  Quando alguém constrói em cima do carrego, a justiça decide em favor do direito. Quando a justiça desabriga, é porque houve uma ordem judicial. Em alguns casos, a prefeitura dá um auxilio habitacional. mas não resolve o problema. Há menos que se tenha uma política pública. O governo cumpre uma decisão judicial. Agindo dessa forma a prefeitura não foi arbitraria.

Os grupos discutiram as diversas formas de se iniciar uma ação política sem ser necessariamente partidária, além de discutir também as instâncias da atuação municipal, estadual e federal. Com isso os grupos elencaram algumas problemáticas e possíveis propostas que poderiam ser levadas para a câmara municipal. Em círculo os jovens pautaram várias questões em formato da “Carta ao vereador”.

De Exploração a Subprefeitura Capela do Socorro

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