Um ditado popular muito conhecido por todos diz que há 3 coisas que não se discute: religião, time de futebol e política. Mas porque não discutir sobre política?
Há quem diga que não gosta de política, que prefere ficar bem longe dela mas o fato é que quem não gosta de política sempre será governado por quem gosta.
Não refletir sobre as políticas públicas ou sobre as políticas de governo que temos só nos deixa cada vez mais ignorantes e responsáveis por tantos líderes políticos corruptos e que “democraticamente” são eleitos pela população.
De Refletindo sobre a política no nosso país |
O objetivo dessa semana era refletir e discutir sobre as políticas públicas na cidade a partir da estrutura organizacional do Município porque para nós da Comunidade Cidadã falar sobre temas polêmicos é assunto para conversa sim, e para isso iniciamos nossas atividades com a famosa divisão de subgrupos para que discutissem e refletissem sobre o que entendiam de política.
A educadora deixou a pergunta no ar: Para você, o que é política?
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O objetivo era que eles falassem tudo o que lhe vinha na cabeça quando pensavam em política.
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Abaixo algumas das respostas dos jovens:
Para mim política é...
Ø - Corrupção;
Ø - Irresponsabilidade;
Ø - Discussão de idéias que favoreçam a sociedade;
Ø - É onde as pessoas expõe uma idéia na forma de aplicá-la em um espaço, fazendo com que ela seja algo concreto;
Ø - Falta de respeito com a população;
Ø - Pessoas que são colocadas no poder para exercerem suas funções para a população, mas isso não acontece;
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Os jovens falaram, alguns com muita revolta o que na visão deles significa a política.
Mas peraí, política parece ser algo tão distante, quando a gente fala nela até associamos o terno e gravata e como ela aparece no nosso dia a dia?
A educadora trouxe alguns exemplos de como no nosso dia a dia vivenciamos a política e às vezes nem se quer sabemos. Alguns dos exemplos foram extraídos do fascículo “Adolescentes e Participação Política” do guia Unicef."
“Quando você conversa com seus pais para poder ir àquela festa tão esperada e chegar mais tarde em casa, você está fazendo política.”
Ah... é mesmo! Eles foram ficando surpresos por descobrirem como a política estava tão relacionada no cotidiano de cada uma deles, na escola, em casa, nos namoros e mais surpresos de entenderem que eles também fazem a política
Discutimos ainda sobre política participativa, as formas de participação e eles mesmos foram identificando e citando como podemos participar.
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Para apimentar mais o debate, o grupo fez a leitura do texto: O Analfabeto Político de Bertold Brecht.
“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala e nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio , depende das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro eu se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menos abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”
Os jovens leram e depois comentaram sobre o que chamou a atenção deles nesse texto.
Após terem socializado suas respostas e opiniões com o grupo, eles fizeram um levantamento das problemáticas que existem no nosso distrito com a intenção de posteriormente levarmos em pauta para discussão com o Subprefeito da Capela do Socorro Valdir Ferreira.
Na manhã seguinte um subgrupo irá à exploração na Subprefeitura Capela do Socorro e outro subgrupo ficará na Casa de Cultura para ter uma conversa com o Mestre Tico, supervisor de cultura da Capela do Socorro e que atualmente está na Casa de Cultura Palhaço Carequinha supervisionando o equipamento e ainda nessa semana os jovens da manhã irão à exploração na Assembléia Legislativa para aprofundarmos melhor o debate sobre a política.
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