segunda-feira, 26 de abril de 2010

Circulação pelas margens da represa no bairro Jd. Gaivotas Rodoanel x Meio ambiente x Moradia

Com a proposta de dar continuidade a temática Rodoanel, meio ambiente e moradia, discutida dias atrás, realizamos uma circulamos pelo bairro Jardim gaivotas a fim de saber o que as famílias que moram em áreas de mananciais pensam sobre a implantação do trecho sul do Rodoanel. Antes da circulação pelo bairro e pelas margens da represa, os jovens assistiram a alguns vídeos do coletivo Cocaia Luta (www.cocaialuta.zip.net) extraído do youtube para dar embasamento a circulação. O Vídeo apresentou imagens de luta de moradores por suas moradias, bem como a desapropriação promovida pelo poder público. Deu pra perceber o quanto foi impactante para os jovens, sobretudo para uma das jovens do grupo que também sofreu o processo de desapropriação.

A partir desde enfoque os jovens circularam pelo bairro com um roteiro exploratório relacionando a represa com o contexto de vida dos moradores, como a comunidade enxerga dos problemas ambientais, como o poder público tem agido com as famílias e se a população tem conhecimento da obra do rodoanel e qual o olhar dela para esta obra.

“Me sinto responsável pelos problemas, a poluição e os lixos ao redor da represa, principalmente na ilha do Bororé.”  (Afonso, 35 anos, morador do Jardim Gaivotas)

“Não sendo ano de eleição, os políticos esquecem a comunidade, os moradores que se reúnem para arrumar e asfaltar as ruas... o rodoanel não trouxe nenhum beneficio a população, somente para a elite.” (Jocelice, 46 anos, moradora).

Após a circulação fizemos um bate-papo sobre as impressões que tivemos ao observar a represa, as casas e a relação dos moradores com este contexto. Contamos ainda com a participação na atividade de uma jovem urbana da 4ª edição do PJU, que está cursando direito, e diz que a exploração contribuirá muito para os rumos de seu curso, no que se diz respeito a garantia de direitos das populações carentes.

“Agora sei como atuar de verdade usando o que estou estudando... tem muita gente que precisa de nós” (Jéssica Nascimento, 18 anos – PJU 4)

“Existe muito mais interesse na economia do que nas pessoas. A gente não percebe essa indiferença e acaba não fazendo nada” (Flávia, 18 anos)

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