Falar sobre
gênero é tratar das relações sociais desiguais de poder entre homens e mulheres
que resulta em uma construção do papel da mulher e do homem dentro da
sociedade.
De Encontro sobre Sexualidade |
Desde bebês
somos criados e preparados para desempenhar papéis “cabíveis” que estão
condicionados ao órgão sexual que temos.
Com isso,
os homens são criados como seres livres, onde tudo é permitido ou justificável
simplesmente pelo fato de serem homens.
“Ah, ele é
assim violento porque é homem!”
“Ele pode
sair com várias porque é homem!”
Por outro
lado, nós mulheres estamos cada vez mais sendo criadas prisioneiras das nossas
próprias vontades, onde todas as ações devem ser pensadas para não ficarmos
“mal faladas”, afinal de contas, somos mulheres e “temos que zelar por isso!”
Temos???
Essa semana
abordamos no PJU algumas idéias que rodeiam quando o assunto são as relações de
gênero, e antes de qualquer conversa, perguntamos aos jovens o que vem a cabeça
quando perguntamos o que são coisas de homens e mulheres.
Mulheres:
Cuidar dos
filhos, da casa, mulher é chorona, é mais delicada, é mais vaidosa, tem que
saber se comportar...
Homens:
Ser
responsável pelo sustento da casa, tem que ser forte (fisicamente e
emocionalmente), não pode chorar (porque isso demonstra fraqueza), virilidade,
é mais grosseiro, mal educado...
Posso até
me arriscar em dizer que essas idéias não são isoladas e que fazem mesmo parte
do pensamento da maioria das pessoas.
E foi a
partir das respostas deles é que demos início à toda conversa, que se enveredou
por outros temas como violência de gênero, sexualidade, homossexualidade,
homofobia...
Assistimos
ao filme Menina de Ouro, que conta a história de Maggie, uma jovem com o
talento para o boxe, mas que encontra grandes dificuldades para treinar
simplesmente pelo fato de ser mulher.
E para engrossar o caldo e as discussões, os
jovens fizeram um sócio-drama, a partir de situações criadas por eles em que
pessoas tenham sofrido algum tipo de violência de gênero, bom, a proposta era
fazer um sócio-drama, mas no final das contas saiu quase que uma tragicomédia,
mesmo assim, os jovens conseguiram dentro desta experiência, vivenciar os
diversos papéis desde o agressor à vítima e refletirem sobre os comportamentos,
causas e conseqüências do ato violento que na maioria das vezes são resultados
que tem como raiz o preconceito.
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O tema é
muito denso e não conseguimos alcançar nem metade de tudo que queríamos falar,
mas acho que foi um início para diálogos mais abertos e para a desconstrução de
tantos tabus que nos cercam e que limitam nossa liberdade.
E vejam algumas
das mensagens que nossos jovens quiseram passar através dos stênceis produzidos
ao final desses encontros...
"Diga não à homofobia"
"Respeite as mulheres"
"Machismo, não!"
"Tenha respeito, todos temos direito"
"A roupa não define o caráter"
"Diga não à homofobia"
"Respeite as mulheres"
"Machismo, não!"
"Tenha respeito, todos temos direito"
"A roupa não define o caráter"
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Danila Araujo
Educadora Social
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